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Desde o dia 29 de Janeiro, quando o apresentador Tiago Leifert revelou que a sua filha de pouco mais de 1 ano tem retinoblastoma muitos pais e mães ligaram a luz de alerta para a saúde ocular de seus pequenos. 

Muitas pessoas ainda não conheciam essa doença. Pensando nisso, elaboramos um texto para te ajudar a entender um pouco mais sobre esse câncer raro e sobre a importância do diagnóstico precoce. Acompanhe! 

 

O que é o Retinoblastoma? 

O retinoblastoma é um tipo raro de câncer ocular. Segundo o Ministério da Saúde, é o tumor ocular mais comum em crianças de 2 a 5 anos de idade, representando cerca de 3% dos cânceres infantis, chegando a uma média de 400 casos por ano. 

É um tumor maligno que se desenvolve na retina do portador e resulta na leucocoria (reflexo branco no olho). A leucocoria é resultado do crescimento do tumor, que descola a retina e cria esse reflexo. 

Existem dois tipos de retinoblastoma, o esporádico, que surge da mesma forma que outros tipos de câncer (mutação em alguma célula), e geralmente aparece em apenas um olho do portador; e o hereditário, que surge devido a uma mutação genética transmitida hereditariamente e pode aparecer em ambos os olhos. 

 

Causas 

A principal causa do retinoblastoma é o fator genético. O portador herda uma mutação no gene Rb1 que resulta no aparecimento do retinoblastoma. 

Crianças que tiveram retinoblastoma tem 50% de chance de passar a condição para seus descendentes. Porém, este tipo de câncer pode aparecer como qualquer outro.

 

Sintomas

Os primeiros sintomas que costumam aparecer são: fotofobia, estrabismo, heterocromia, sangramento em alguma parte do olho e vermelhidão.

Mas, o principal sintoma do retinoblastoma é a leucocoria, que é quando aparece um reflexo branco na pupila. Este sintoma, normalmente, pode ser identificado ao apontar uma luz branca sob os olhos do portador ou pode ser visto após uma foto com flash. 

Em fases mais avançadas, em que o tumor já está mais desenvolvido, a criança pode apresentar os seguintes sintomas: dores de cabeça, dores nos olhos, globo ocular maior do que o normal, resultando no seu deslocamento para fora do olho e perda de visão total ou parcial.

 

Diagnóstico

Vários exames confirmam ou descartam o diagnóstico de retinoblastoma, começando pelo exame de fundo de olho, que é feito pelo oftalmologista. 

Depois, podem ser solicitados ultrassonografia do globo ocular e ressonância magnética das órbitas oculares. 

 

Teste do Reflexo Vermelho ou Teste do Olhinho

O Teste do Reflexo Vermelho (TRV) tem como objetivo rastrear alterações que causam perda da transparência dos meios oculares, tais como retinoblastoma (alteração da coloração da retina pelo tumor intraocular), catarata (alteração da transparência do cristalino), glaucoma (pode causar consequentemente alteração da transparência da córnea), toxoplasmose (alteração da transparência do vítreo pela inflamação), e descolamentos de retina tardios.

Conforme as Diretrizes de Atenção à Saúde Ocular na Infância do Ministério da Saúde recomendam, o teste do reflexo vermelho ou teste do olhinho deve ser realizado em todos os recém-nascidos antes da alta da maternidade e, pelo menos, 2-3 vezes por ano nos três primeiros anos de vida.

 

Tratamento do retinoblastoma

O retinoblastoma tem cura em 90% dos casos e o principal objetivo do tratamento é eliminar o tumor, salvando a vida da criança, preservando a visão e o olho, além de prevenir a volta do câncer. 

Os tratamentos possíveis são: a laserterapia, para os tumores menores; crioterapia, que é o congelamento e destruição do tumor; quimioterapia, para reduzir o tamanho do tumor e prevenir sua multiplicação; radioterapia, para ajudar a reduzi-lo; e em casos em que nenhuma dessas opções funcionam como forma de tratamento, é recomendada a retirada do globo ocular via procedimento cirúrgico.

 

O diagnóstico precoce é essencial!

Não existem formas de se prevenir desse tipo de câncer, o mais importante é entender que: 90% dos pacientes tem CHANCE DE CURA quando a doença é detectada nos primeiros estágios!

Os sinais podem ser acompanhados durante as consultas ao pediatra pelo Teste do Olhinho, mas o diagnóstico deve sempre ser confirmado por um oftalmologista pelo Exame de Fundo de Olho, sendo a melhor opção para o diagnóstico precoce, uma vez que o Teste do Olhinho só útil para os estágios mais avançados da doença.

Além do retinoblastoma, pode detectar outras doenças, como catarata e glaucoma congênito, ambos cuja identificação precoce possibilita o tratamento no tempo adequado.

 

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Até a próxima! 🙂