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A COVID-19 tem se alastrado e se proliferado de uma maneira muito acelerada e isso já não é mais uma novidade, até porque todos já estão tomando as medidas de prevenção e higiene diariamente a fim de se resguardar do vírus, não é mesmo?

No entanto, você sabia que o vírus “invadiu” também a área dos olhos, mais especificamente, a retina, causando lesões? SIM, é isso mesmo que você leu!

Até parece algo curioso ou fora do que estamos acostumados a ler ou ouvir a respeito da covid, mas isso aconteceu e foi diagnosticado por uma pesquisa liderada pelo departamento de Oftalmologia do Centro Universitário Saúde ABC / Faculdade de Medicina do ABC (FMABC).

O caso teve tanta repercussão que foi publicado na revista científica do Reino Unido, a British Journal of Ophthalmology (BJO), referência mundial na área de saúde ocular.

Quer saber mais sobre este fato curioso? Continue a leitura e fique por dentro!

Como teve início o estudo?

Com a chegada da pandemia, médicos residentes e fellows da Oftalmologia da FMABC decidiram estudar o acometimento oftalmológico em pacientes com Sars-CoV-2, vírus causador da COVID-19. Foram feitos vários estudos dentro da temática, inclusive com pesquisa de vírus na lágrima e de secreção conjuntival.

O principal achado, e considerado ponto central do estudo, é que as alterações retinianas descobertas podem sugerir complicações semelhantes em outros órgãos do corpo humano, o que facilita a compreensão da doença e favorece a escolha de um tratamento mais assertivo e eficaz aos pacientes.

Do que se trata o estudo da FMABC?

A partir da dilatação ocular, foram descobertas anormalidades em dez dos pacientes avaliados. Os principais achados foram lesões vasculares agudas da retina interna, inclusive com hemorragias e lesões de padrão isquêmico, visíveis por manchas algodonosas e palidez setorial da retina.

Os exames foram feitos por câmera digital de fundo de olho e os pacientes foram avaliados por dois especialistas em retina. Vale ressaltar que, até então, outros estudos clínicos feitos por pesquisadores brasileiros e estrangeiros haviam investigado manifestações oculares em pacientes com diagnóstico de Covid-19, mas estes predominantemente conduzidos após a alta hospitalar. O ineditismo envolve a análise feita em pacientes ainda durante o período de internação em UTI.

Quais foram as conclusões dos especialistas do estudo?

“O que observamos na retina pode ser considerado um reflexo do que está acontecendo no resto do corpo do paciente. É aí que está a importância do exame e como os nossos resultados podem ajudar a melhorar a compreensão sobre a doença.

As alterações microvasculares observadas na retina muito provavelmente estão acontecendo também nos pulmões, cérebro, rins, e demais órgãos, desempenhando um papel importante na gravidade da doença.

Ao entendermos melhor os efeitos da Covid-19 no organismo, conseguimos auxiliar o tratamento e o cuidado aos pacientes de maneira mais eficaz”, explica o chefe do Setor de Retina da FMABC, Dr. Julio Zaki Abucham Neto, um dos orientadores do estudo.

Se desejarem, a pesquisa completa está disponível e você pode ver clicando aqui.

 

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