As lentes de contato esclerais são conhecidas por serem próprias para tratamentos de algumas doenças oculares, como ceratocone, miopia em graus elevados e Síndrome do Olho Seco.
Neste artigo, explicaremos o que são Lentes de Contato Esclerais, como elas melhoram a visão e quais as suas indicações. Confira!
O que são Lentes de Contato Esclerais?
As lentes esclerais são lentes de contato rígidas especiais que são maiores em diâmetro e preenchidas com soro fisiológico, o que faz com que ofereçam maior conforto e adaptação individual. Diferentemente das lentes de contato rígidas “comuns”, elas são apoiadas sobre a esclera, que corresponde a parte branca do olho, que é muito menos sensível que a córnea.
As lentes esclerais são fabricadas com um material rígido, para não permitir que as irregularidades da córnea influenciam na qualidade óptica da lente, além da alta permeabilidade – o que significa que o oxigênio consegue chegar até a córnea sem problemas, mantendo-a o mais saudável possível durante o uso diário e prolongado.
Outra vantagem das lentes esclerais é que elas são fabricadas individualmente, de forma customizada, levando em consideração as características próprias dos olhos de cada pessoa, já que cada córnea é única, como uma impressão digital, por exemplo. Assim, elas se adaptam perfeitamente a cada olho, independente das condições da córnea.
Indicações
As lentes de contato esclerais são muito recomendadas para correção de problemas de refração em graus altos (como miopia e astigmatismo, por exemplo), e para pessoas que não se adaptaram às lentes rígidas e/ou gelatinosas tradicionais.
Nessas condições, as lentes de contato esclerais são indicadas em casos de ceratocone, e ectasias corneanas (degeneração marginal pelúcida, ectasia pós-cirurgia refrativa e ceratoglobo), Síndrome do Olho Seco, pós-trauma corneano, pós-transplante de córnea, degeneração de Salzmann e outros tipos de irregularidades corneanas.
Além disso, as lentes esclerais são indicadas para atletas de esportes ao ar livre e que necessitam de correção da visão, pois oferecem mais conforto e estabilidade.
Adaptação das Lentes de Contato Esclerais
Conforme a Resolução CFM nº 1.965/11, a indicação, adaptação e acompanhamento do uso das lentes de contato são atos exclusivamente médicos. Sendo assim, o processo de adaptação das lentes de contato esclerais deve ser realizado junto ao oftalmologista, para garantir o correto uso das lentes.
Através do exame de topografia de córnea, o oftalmologista avaliará o problema de visão e curvatura, e fará uma entrevista para saber sobre os hábitos de vida, a frequência pretendida do uso das lentes e outras questões que o médico julgar relevantes.
Com essas informações, o oftalmologista fará testes de adaptação, como avaliação da superfície da córnea e medida da curvatura; refração inicial para determinar o grau das lentes; colocação das lentes de teste; nova refração com o uso das lentes de teste; avaliação da adaptação com aparelhos específicos e a realização de modificações na adaptação, conforme necessidade.
O médico também irá passar recomendações de manuseio, limpeza e cuidados em geral e agendar consultas periódicas para acompanhar a adaptação.
De forma geral, as lentes de contato esclerais têm uma adaptação mais fácil do que as lentes gelatinosas e rígidas, já que possuem maior diâmetro e são apoiadas na esclera, fazendo com que o usuário não perceba o movimento das lentes.
Para aqueles que usam, estão iniciando ou irão iniciar a adaptação de Lentes Esclerais é importante estar atento para algumas questões:
1 – Utilize somente solução salina sem conservantes indicado pelo seu oftalmologista, e se for soro fisiológico lembrar de armazenar na geladeira e antes de completar 7 dias depois de aberto jogar fora e abrir um novo.
2 – A limpeza adequada das mãos (higiene) antes de manipular suas lentes é muito importante para evitar a contaminação do soro ou mesmo da superfície da lente ao manipular a mesma.
3 – A limpeza da lente deve ser feita de maneira “mecânica” inicialmente com o dedo indicador ou mínimo de uma mão contra a palma da outra mão, fazendo o movimento circular de fricção.
4 – Antes de colocar a lente, preencha-a com o soro até próximo de sua borda e, após colocá-la, observe no espelho se não criou bolha na lente; a bolha ou bolhas de inserção comprometem a visão ao longo do dia e podem inclusive causar desconforto e olho vermelho.
5 – Após as primeiras horas de uso, observe para ver se não há sinais de vermelhidão lateral, especialmente, na porção branca dos olhos.
6 – Ao longo do uso observe se a visão não está deteriorando e perdendo a clareza, como uma visão mais embaçada ou com menos contraste.
7 – Dor, olhos vermelhos, sensação de pálpebras quentes, visão túrgida, “arco-íris” e/ou embaçada não são normais e devem ser relatadas ao especialista.
8 – Observar após retirar a lente se não ficou uma marca da lente na porção branca (esclera) dos olhos. Neste caso, as lentes devem ser modificadas ou substituídas por lentes que pousem suavemente sobre a esclera sem causar pressão em ponto específico como na região da borda.
Vale ressaltar que é fundamental fazer exames de acompanhamento da adaptação e de rotina regularmente, nunca deixe para ir ao seu oftalmologista apenas quando tiver problemas evidentes.
Os exames de controle da adaptação são tão importantes como o exame inicial e a colocação das lentes!
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Esperamos que estas dicas sejam úteis para quem está iniciando a adaptação de lentes esclerais!
Continue acompanhando nosso Blog para mais novidades, até a próxima!